sábado, 3 de março de 2012

Escola Bíblica Dominical (parte 8)

REVITALIZANDO A TAREFA EVANGELÍSTICA NA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

A evangelização, como parte da missão, é encarnar o amor divino nas formas mais diversas da realidade humana, para que Jesus Cristo seja confessado como Senhor, Salvador, Libertador e Reconciliador. A evangelização sinaliza e comunica o amor de Deus na vida humana e na sociedade, através da adoração, proclamação, testemunho e serviço.

Educação Cristã e Evangelização formam uma base fundamental na vida cristã. A Educação Cristã na EBD estrutura e revitaliza a igreja. Sua filosofia deve basear-se num sólido conhecimento bíblico (teológico), que acreditamos determinar os objetivos de nosso ensino, sua metodologia e conteúdo.

A EBD é, ao mesmo tempo, educacional e evangelística. Richard Dramelhaus disse o seguinte: “A evangelização é a chave para se realizar a obra de Deus e a EBD é a mão que gira essa chave”.

A evangelização e a EBD devem existir numa dependência mútua para que a mesma exerça sua função bíblica. Tudo que a Igreja realiza deve passar pela vertente da Educação Cristã. A tarefa evangelizadora da Igreja sempre passou pela ênfase da educação teológica ou bíblica convergindo no discipulado. A igreja tem a tarefa de fazer discípulos (mathetês), e isso vai além de fazer convertidos.

É necessário o ensino (didaquê) que atinge o ser humano com a reflexão, capacitando para uma vida melhor sob os ditames das Escrituras. Evangelização e Educação Cristã são inseparáveis: não se pode evangelizar sem ensinar e, enquanto se ensina, evangeliza-se também.

J.M. Frost, disse o seguinte: “A EBD se torna, em seu papel de agência, aquilo que a Igreja faz dela; sendo capaz de expansão quase indefinida na eficiência da Igreja como um canal para a produção de sua energia e vida, como uma força para o estudo e ensino da palavra de Deus, como uma força para a evangelização, como uma força para a instrução e educação, como uma força para a operação missionária, como uma força para incutir o caráter cristão nos homens e mulheres e para abrir a porta da utilidade em larga escala”.

Alguns questionamentos se fazem prioritários para revitalizar a EBD: Ela está sólida? Ela está arcaica? O que irá capacitar a EBD a funcionar como uma ferramenta de crescimento eficaz? Nossa EBD evangeliza? A Igreja recebe bem os visitantes? Há um acompanhamento imediato às pessoas que freqüentam a EBD? Os membros convidam amigos para a EBD? A estrutura (disposição) das salas ajuda na recepção do visitante? O professor é um educador? Há um clima positivo para mudanças, se necessárias? Os membros da Igreja, o pastor, professores visitam e se interessam por outras pessoas? Os alunos da EBD mostram responsabilidade e compromisso com a visão, dando acompanhamento imediato a essas pessoas?

Ken Hemphill aborda quatro pontos para nossa reflexão:

Uma visão na tarefa da evangelização: é preciso recuperar o foco da evangelização, que é o conteúdo da missão. Foi este o foco que determinou a organização e a estrutura da EBD em sua gênese na Inglaterra e na América. O foco do evangelismo na EBD tem um efeito dominó, capacitando-a a se tornar uma ferramenta de crescimento. Somos chamados a ir = evangelizar, batizar = assimilar, e a ensinar = discipular.

Ênfase no compromisso: muitos têm relegado a EBD a um segundo plano. É preciso apoio pastoral a esse ministério, bem como da liderança da Igreja.

Visão do trabalho em equipe: a EBD precisa ter evangelismo, assimilação, ensino e comunhão na integração dos novos crentes em classes ou grupos pequenos.

Propósito definido: uma vez que a EBD perde sua ênfase na evangelização, os seus programas começam a fracassar. A EBD precisa redefinir seu propósito senão ela permanecerá mutilada. Se ela for adequadamente plantada, organizada, ela se tornará uma ferramenta para alcançar o ser humano para Cristo.

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