quinta-feira, 25 de março de 2010

Aconselhamento Cristão (11ª parte)


O PAPEL DO CONSELHEIRO

O aconselhamento pode tornar-se ineficaz, quando o conselheiro não tem uma idéia clara do seu papel e responsabilidade. Aí, acontece uma verdadeira confusão de papéis:

1. Visita em lugar de aconselhamento.

A visita é uma troca mútua e amigável de informações; o aconselhamento é uma conversa centralizada num problema, dirigida para um alvo, que focaliza as necessidades de uma pessoa. Todo aconselhamento envolve visitas periódicas, mas quando estas se prolongam ou torna-se o ponto principal, é reduzida a eficácia do aconselhamento.

2. Pressa em lugar de deliberação.

As pessoas ocupadas tendem a apressar o processo de aconselhamento. É verdade que os conselheiros não podem perder tempo, mas, é certo que o aconselhamento não pode ser acelerado. “Grande parte do sucesso do aconselhamento está em sua atenção tranqüila e refletida”. O equilíbrio do conselheiro é ponto de apoio do aconselhado. Se o conselheiro for apressado ou dividir sua atenção, seus comentários poderão ser objetos de suspeita.

3. Desrespeito em lugar de simpatia.

Alguns conselheiros classificam rapidamente as pessoas (“cristão carnal”, “divorciado”, ou um “tipo fleumático”) e depois despedem o aconselhado com um confronto rápido e um conselho rígido. Ninguém quer ser tratado com tanto desrespeito.

4. Condenação em lugar de imparcialidade.

Quando os aconselhados sentem-se atacados, se defendem (freqüentemente com irritação), ou aceitam as palavras do conselheiro temporariamente ou sob protesto. Jesus é conhecido como “alguém que tomou sobre si as nossas enfermidades”. Ele jamais fez vista grossa para o pecado, mas, compreendia os pecadores e sempre manifestou bondade para com aqueles que estavam dispostos a aprender, arrepender-se ou mudar seu comportamento.

5. Sobrecarregar a entrevista em lugar de moderar o aconselhamento.

Entusiasmado em ajudar, o conselheiro tenta fazer demasiado numa sessão. Isto confunde o aconselhado. O aconselhado deve ser compassado mesmo que isto signifique reuniões mais curtas e mais freqüentes.

6. Atitude de defesa em lugar de empatia.

A maioria dos conselheiros sente-se ameaçada durante o aconselhamento. Quando somos criticados, incapazes de ajudar, sentimos culpa, ansiedade, ou se estamos em perigo, nossa capacidade de ouvir com empatia é prejudicada. Toda vez que surgir ameaça desse tipo e não tivermos resposta, é melhor procurar um outro conselheiro.

  • Vez por outra estaremos errando e devemos aprender com esses erros.
  • A boa comunicação com os aconselhados pode cobrir uma multidão de erros, mas não pode ser desculpa para um trabalho incompetente.

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